terça-feira, 9 de agosto de 2016

Patrícia Lélis x Feliciano: confira um resumo com cada ponto crucial das acusações contra o pastor

A acusação de Patrícia Lélis contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) já vivenciou tantas reviravoltas, com versões desencontradas e revelações inicialmente desmentidas posteriormente comprovadas, como no caso do encontro entre Talma Bauer e a estudante, em um café de Brasília (DF).

Acusação

Patrícia Lélis procurou o jornalista Leandro Mazzini, da coluna Esplanada, do portal Uol, no dia 24 de julho, pedindo que ele a ajudasse a divulgar os fatos. Ela alegou que conhecia Marco Feliciano de sua militância no PSC e que ele a teria chamado para participar de uma reunião sobre a CPI da União Nacional dos Estudantes (UNE) no dia 15 de junho.
Em seu apartamento funcional, Feliciano teria feito propostas à estudante, oferecendo emprego no partido com um alto salário, e em troca ela se tornaria sua amante. Diante da negativa, ele teria agredido a jovem e tentado sexo à força.
No dia 02 de agosto, quando Mazzini denunciou o caso, o jornalista e professor universitário Hugo Studart também revelou a história em sua página no Facebook, relatando alguns detalhes.
No dia 03 de agosto, Studart alega que Patrícia Lélis o procurou dizendo que ele precisava apagar a denúncia contra Feliciano porque a situação já estava resolvida. Nesse meio tempo, ela gravou um vídeo acusando Studart de ter mentido em sua publicação.
“Ela me telefonou informando que está bem, fora de Brasília, ao lado do pai, namorado e irmão. Me pediu muito que a postagem fosse retirada do ar, uma vez que a questão foi resolvida. Respondi que estava preocupado, indignado, e ainda estou, mas ela prefere esquecer o assunto e não polemizar. Meu primeiro ímpeto era o de atender sua vontade e retirar a postagem do ar. Contudo, ela postou um vídeo no YouTube me desmentindo, dizendo que inventei a história. […] Se apago, podem pensar cedendo a pressões. Ademais, reparem nos hematomas no olho da garota. Não estou convencido de que ela esteja em segurança”, escreveu Studart.

Desmentidos

No vídeo do desmentido a Studart, Patrícia elogiou o pastor e desqualifica as acusações: “Ele faz uma acusação horrorosa ao pastor Marco Feliciano. Eu queria deixar registrado que o pastor Marco Feliciano é uma pessoa muito bacana, nunca tive o menor problema com ele – muito pelo contrário, é um homem muito abençoado que sempre me ajudou em momentos difíceis, sempre aconselhou. Nunca tive nenhum problema com o pastor Marco Feliciano”.
Ainda no dia 03 de agosto, Patrícia gravou um segundo vídeo, onde reitera seu desmentido quanto às denúncias publicadas por Studart e Mazzini, e atribui a história aos “jornalistas esquerdinhas”.
“A todos esses jornalistas que me ameaçaram, falando que eu tinha que contar a verdade, estou aqui, falando a verdade. A verdade é que vocês estão mentindo, está em época de eleição, e o que vocês querem é destruir a direita, mas não é desse jeito que vocês vão conseguir. O pastor Marco Feliciano é uma pessoa íntegra, cuja qual tenho um contato muito bom, sempre muito respeitoso, muito amigável”, disse Patrícia.

Áudio

Reagindo aos desmentidos de Patrícia, o jornalista Leandro Mazzini resolveu publicar um trecho do áudio gravado pela estudante no encontro com o chefe de gabinete de Marco Feliciano, Talma Bauer.
Na conversa, ela afirma a Bauer que Feliciano mantém um comportamento questionável no que se refere a mulheres e admite que o pastor não tinha oferecido nada a ela.
“Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos hipócritas […] Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia […] Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo a minha igreja! (…) Eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o Evangelho. Eu amo a igreja”, diz Patrícia, antes de afirmar que não havia recebido uma proposta do pastor.
Bauer, no entanto, negou que fosse ele o interlocutor com quem Patrícia Lélis dialoga na gravação, diz que aquela conversa “nunca” existiu e que considera a situação uma “calúnia”.
“Fizeram falso. Nunca conversei com ela em lanchonete. O áudio é falso, nunca conversei com ela, ela já colocou no Facebook dela que é falso… Isso é uma coluna que fizeram para sei lá, sei lá o que, mas eu nunca conversei com ela, nunca me mandou um link, nunca tivemos essa conversa. Ela já disse que é falso”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário